Entre feridas e o Altar.
- danielbarbosa0105

- 13 de jun.
- 2 min de leitura
Hoje li dois capítulos da Bíblia que se confrontam profundamente.
Gênesis 34 é um capítulo de silêncio, dor e descontrole.
Diná é violentada. Jacó se cala. Seus filhos, então, agem com engano e vingança. É como se a presença de Deus tivesse desaparecido da história. Nenhuma oração. Nenhuma direção. Nenhuma voz divina.
Mas então vem Gênesis 35.
E a primeira coisa que aparece é a voz de Deus voltando a falar com Jacó:
“Levanta-te, sobe a Betel e habita ali.” (Gênesis 35:1)
É como se o Senhor estivesse dizendo: "Volta para onde você me ouviu pela última vez. Volta para o altar. Volta para a presença."
E ali, em Betel, Jacó reconstrói o altar. Ele manda tirar os ídolos. Limpa a casa. Chama todos de volta para Deus.
Essa leitura me confrontou.
Quantas vezes, depois de uma crise, de uma dor mal resolvida ou de um erro, a primeira coisa que se perde é a voz de Deus?
Mas Ele, em sua misericórdia, sempre nos chama de volta ao altar.
Diálogo com Deus:
— Pai…
Hoje vi um capítulo onde o Teu nome nem foi mencionado.
Vi dor, violência, vingança… e silêncio.
Jacó não orou. Não buscou. Só se calou.
E depois…
Tua voz voltou.
Como um Pai que não desiste.
Como quem chama o filho de volta pra casa, mesmo ferido.
— Senhor, se eu estiver em um capítulo silencioso da vida, me chama de novo.
Se o que me cerca é confusão, pecado, decisões erradas, me leva de volta ao altar.
Mesmo que eu tenha me calado quando devia falar,
mesmo que eu tenha agido quando devia esperar,
mesmo que minha casa esteja cheia de ídolos disfarçados…
— Me leva de volta à Tua presença.
Eu quero subir a Betel.
Quero ouvir de novo a Tua voz.
Quero reconstruir o altar.
Quero limpar minha casa, minha mente, meu coração.
— Que minha história não pare em Gênesis 34.
Que o Senhor sempre me leve até o 35.
Amém.




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