Tempo de plantar e tempo de colher.
- danielbarbosa0105

- 10 de jun.
- 2 min de leitura
Hoje minha leitura foi diferente. Em vez de uma narrativa, li um alerta. Um grito profético. Um clamor vindo do livro do profeta Joel.
No início, só enxerguei pragas e tragédias. Mas aos poucos fui percebendo que por trás de cada seca, cada gafanhoto e cada lágrima, havia um convite. Um chamado. Não para apenas me arrepender, mas para voltar de verdade. Para rasgar o coração, não só a rotina.
E mesmo sem saber onde termina meu deserto, essa Palavra hoje fez brotar fé. Fé de que Deus pode restaurar os anos devorados. Fé de que seu Espírito ainda se derrama. Fé de que até mesmo em Boipeba, entre um passeio, um silêncio e um suspiro, Ele ainda fala.
E nasceu mais um diálogo...
— Filho… você me ouviu hoje?
— Sim, Senhor… com temor e vergonha. Li sobre os gafanhotos, e pensei em quantos deles passaram pela minha vida. Anos que perdi, decisões que tomei… e tudo parecia destruído. E
ainda parece, em algumas areas.
— E você se lembrou que eu sou Deus até dos anos perdidos?
— Me lembrei… e me emocionei. Tu disseste que podes restituir até o que o gafanhoto comeu. Mas, Senhor… será que tudo que ouvi até hoje foi mesmo Tua voz? Ou foram só homens falando?
— Filho… até os profetas podem errar. Mas minha Palavra não erra. Quem anda comigo aprende a discernir o que é meu pelo que permanece. Eu sou aquele que falo por meio do meu Espírito, não por interesses humanos.
— Então… ainda há tempo?
— Há tempo enquanto há vida. Há fogo ainda para cair. Há Espírito para encher. Há missão para cumprir. Há consolo para ser vivido. Só me dá teu coração rasgado, inteiro, imperfeito, cansado… como estiver. Mas teu.
— Senhor… não quero só reconstruir minha vida. Quero construir a Tua casa… mesmo sem saber o que isso significa exatamente.
— Construir a minha casa é me colocar em primeiro lugar. É fazer o que você faz falar de mim com verdade, viver comigo com sinceridade, me honrar com o que você tem, com quem você é.
—E esse tanto de falhas que tenho?
— Sobretudo com elas. Porque quando você não finge ser perfeito, eu posso mostrar minha graça. Quando você reconhece suas lutas, eu posso derramar meu Espírito. Quando você perde o controle, eu posso reger a história.
— Então... me usa, mesmo aqui, mesmo agora, mesmo sem muita estrutura. Sopra Teu Espírito sobre mim também, Senhor.
— Já estou soprando. Desde o dia em que você me chamou de novo, com sinceridade. E te digo: os anos que o gafanhoto levou, eu vou te devolver em forma de propósito.
Obrigado Jesus!
Daniel Barbosa




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